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- Como o Big Brother Brasil usa neurociência para engajar participantes e o público
O Big Brother Brasil (BBB) é um dos reality shows mais assistidos no Brasil, mas você já parou para pensar no que acontece por trás das câmeras? Mais do que um programa de entretenimento, o BBB funciona como um experimento social que utiliza estratégias baseadas em neurociência e psicologia para adaptar comportamentos e engajar milhões de espectadores. Confira vídeo que falo sobre o assunto O Isolamento Social e Seus Efeitos no Cérebro No BBB, os participantes vivem em isolamento completo: sem acesso ao mundo externo, redes sociais ou contato com familiares. Esse ambiente controlado ativo mecanismos cerebrais que intensificam a dependência emocional e a necessidade de pertencimento. Pesquisas sobre isolamento social indicam que essa privação aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, enquanto ativa áreas do cérebro relacionadas à recompensa, como o núcleo accumbens. Isso explica por que os participantes formam alianças tão rapidamente, criando laços emocionais intensos. Um exemplo claro disso foi o trio formado por Juliette, Gil e Camilla no BBB21, que se tornou uma referência de amizade dentro e fora da casa. Reforço Comportamental: Prêmios e Punições no Jogo O BBB utiliza técnicas de reforço comportamental para adaptar as ações dos participantes. Recompensas como imunidades e prêmios financeiros funcionam como reforços positivos, enquanto punições como exclusão social ou perda de "estalecas" (moeda fictícia do programa) atuam como reforços negativos. Essas estratégias são fundamentadas na teoria do condicionamento operante de B.F. Skinner, que explica como prêmios e punições podem direcionar comportamentos. No BBB, as "estalecas" simulam um sistema econômico interno que incentiva decisões estratégicas e aumenta a competitividade entre os participantes. Exemplo Prático Lembra do Babu Santana contando suas estalecas na cozinha? Essa dinâmica gamificada não só cria tensão dentro da casa, mas também ativa o sistema de recompensa cerebral dos participantes, tornando suas decisões mais estratégicas. O Papel do Público: Conexão Emocional e Engajamento Digital O público não é apenas espectador passivo; ele é parte ativa do jogo. Por meio das redes sociais e votações online, os fãs influenciam diretamente as dinâmicas dentro da casa. Essa interação ativa áreas cerebrais relacionadas à validação social e ao pertencimento. Quando um participante vence uma prova ou ganha destaque no programa, nosso cérebro também libera dopamina – o neurotransmissor da recompensa. É por isso que torcemos tão intensamente por nossos favoritos. Fandoms organizados, como os "cactos" de Juliette no BBB21, criam campanhas massivas para salvar ou eliminar participantes. O BBB Como Experiência Multiplataforma O formato multiplataforma do BBB – com transmissões ao vivo, edições diárias na TV aberta e engajamento nas redes sociais – transforma o programa em uma experiência imersiva. Essa combinação mantém os espectadores conectados emocionalmente ao programa até o final. Além disso, a espetacularização das emoções humanas torna cada conflito ou vitória ainda mais impactante para quem assiste. Isso reforça a ideia de que o público não está apenas assistindo a um reality show; ele está participando ativamente de uma narrativa coletiva. Conclusão: Entretenimento ou Experimento Social? O Big Brother Brasil vai além do entretenimento. Ele utiliza estratégias cuidadosamente planejadas para manipular emoções e comportamentos – tanto dos participantes quanto dos espectadores. Desde o isolamento social até as dinâmicas gamificadas e a interação com o público nas redes sociais, tudo é projetado para maximizar o engajamento. Se você se interessa por temas como neurociência aplicada ao entretenimento ou publicidade, continue acompanhando meu blog. Fontes Utilizadas [PDF] Efeito do isolamento social em autistas e seus cuidadores no COVID-19 | Semantic Scholar [PDF] O COMPORTAMENTO DA LIDERANÇA ORGANIZACIONAL OBSERVADO NA FASE DO ISOLAMENTO SOCIAL DA PANDEMIA COVID-19 | Semantic Scholar EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NOS COMPORTAMENTOS DE CORREDORES DE RUA DURANTEFEITOS DA CONVIVÊNCIA SOCIAL E DA RESTRIÇÃO SOCIAL SOBRE O COMPORTAMENTO DE BRINCAR EM RATOS | Semantic ScholarE A PANDEMIA DA COVID-19 | Semantic Scholar Fake news e o comportamento de manada: a influência social para a aceitabilidade do conteúdo falso | Semantic Scholar Pandemia da Covid-19: os benefícios que a interação com animais domésticos trouxe para as crianças autistas no período de isolamento social | Semantic Scholar [PDF] As tecnologias digitais e seus efeitos cognitivos, afetivos e sociais em adolescentes dependentes de internet | Semantic Scholar Big Brother: a indústria cultural como (de)formação da sociedade brasileira | Semantic Scholar EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA. | Semantic Scholar EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA. | Semantic Scholar O que aumenta as chances de permanecer no isolamento social? Efeito de variáveis pró-sociais | Semantic Scholar
- Entendendo o Neuromarketing: o link entre emoção, consumo e estratégia
Um cérebro com várias marcas Se tem algo que me acompanha desde sempre, é um lado curioso — aquele que adora ciência, tecnologia, e até assinar revista em pleno 2025 (sim, a versão física da Superinteressante ). Isso me levou, em 2024, a concluir um MBA em Neuromarketing, e desde então, venho explorando mais sobre o tema e compartilhando o que aprendo em pequenos vídeos no meu Instagram, o @aurineurobrand . É um jeito de unir paixão e aprendizado, e, ao que parece, tem gerado boas conversas nos comentários. Agora, pensando em quem quer saber um pouco mais sobre Neuromarketing, resolvi organizar uma introdução prática ao tema. Afinal, trata-se de uma área que mistura neurociência, comportamento do consumidor e marketing — elementos bem diferentes, mas que, juntos, são um prato cheio para entender melhor por que compramos o que compramos. O que é o neuromarketing? O Neuromarketing é um ramo que une marketing e neurociência para estudar como o cérebro humano reage a estímulos de vendas, propagandas e produtos. Não é só sobre o que compramos, mas porque escolhemos determinadas marcas ou somos atraídos por campanhas específicas. Em vez de confiar apenas em entrevistas e pesquisas, ele mergulha na biologia e no inconsciente humano. Pesquisas mostram que 95% das decisões de compra são inconscientes. Isso significa que, mesmo achando que estamos no controle, nosso cérebro já tomou várias decisões baseadas em emoções, experiências passadas e estímulos externos. Como Kahneman escreve em Rápido e Devagar : temos um sistema rápido e automático (Sistema 1) que toma decisões instantâneas, enquanto o outro (Sistema 2) é mais reflexivo. O Neuromarketing trabalha exatamente nesse Sistema 1, tentando decifrar os gatilhos mentais que nos impulsionam. Ferramentas e como elas funcionam O que torna o Neuromarketing tão interessante são as ferramentas usadas. É ciência, na prática: Eye tracking: analisa para onde olhamos em um anúncio ou na prateleira de uma loja. EEG (eletroencefalograma): mede a atividade cerebral e a intensidade de nossas reações. Ressonância magnética funcional (FMRI): mostra quais partes do cérebro são ativadas ao ver um comercial ou interagir com uma marca. Marketing sensorial: explora os sentidos (olhar, toque, cheiro, etc.) Para criar experiências memoráveis com produtos. Como Maria Goretti Fernandes descreve em seu livro Insights Sobre Neuromarketing e Neurociência , essas técnicas ajudam marcas a ajustar suas estratégias para entregar experiências mais relevantes e alinhadas com o que os consumidores de fato sentem, mesmo que inconscientemente. Neuromarketing no dia a dia Desde que comecei a estudar este campo, algo que me fascina é como ele já impacta como marcas criam campanhas e produtos. Por exemplo: Cores e formatos : um simples ajuste no design do rótulo de uma bebida pode alterá-la de "aceitável" para "imperdível". Storytelling : Contar uma boa história ativa as áreas do cérebro ligadas à empatia e à memória, criando um vínculo emocional com o público. As grandes marcas, como Coca-Cola, Apple ou Nike, há muito usam estratégias alinhadas ao comportamento humano. Entretanto, o Neuromarketing está tornando a ciência acessível também para pequenos empreendedores. Compartilhando e aprendendo Com meu MBA finalizado, comecei a usar as redes sociais para compartilhar esse conhecimento de forma leve. No @aurineurobrand , discuto temas como: Como as emoções influenciam as compras. O impacto do design no comportamento do consumidor. Ferramentas práticas de Neuromarketing para negócios. Os comentários e feedbacks me mostraram que há muito interesse no tema, tanto de curiosos quanto de profissionais que querem aplicar isso em suas áreas. Por que esse assunto importa? Você não precisa ser neurocientista ou publicitário para entender que o Neuromarketing é sobre criar conexões mais humanas. Ele nos ensina que o que nos atrai em um produto muitas vezes está muito além de preço ou qualidade. Emoções, histórias e memórias têm um papel maior do que imaginamos. Se também ficou curioso, continue explorando. E claro, se quiser saber mais, dá um pulo nos meus vídeos. Quem sabe não trocamos umas ideias sobre o que faz o cérebro "puxar o cartão"? Afinal, aprender junto é muito mais legal!

